Bicampeão mundial de Jiu-Jitsu com passagens pelo WEC e UFC, Frédson Paixão deu um pulo no Amazonas para rever os amigos e família. O lutador radicado em Las Vegas falou a Antônio Barros Jr, do site “Lancenet”, sobre os treinos nos EUA, o possível retorno ao UFC e os treinos com um juizão cascudo, o faixa-preta e ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nascido em Parintins, Frédson hoje é dono de duas academias em Nevada. Confira os principais trechos da entrevista:
PASSAGEM PELO UFC e WEC
FRÉDSON PAIXÃO: Saí ganhando, mas faltou sorte. Estou há quase dois anos parado e acredito que, se o mundo não acabar em 12 de dezembro de 2012 como os maias dizem, ano que vem estou de volta oficialmente ao octagon. Só tenho a agradecer à Zuffa por tudo que fizeram por mim. Todos me tratam muito bem lá. Na verdade hoje sou o técnico do centro de treinamento que existe na sede da Zuffa. O pessoal que trabalha nos bastidores do UFC e que gosta de treinar Jiu-Jitsu e MMA treina comigo.
O QUE O MINISTRO FUX APRENDEU
Não é bem assim. Eu que fui treinar para aprender com ele… Ele treina Jiu-Jitsu muitos anos antes de mim, antes de eu pensar em treinar, ele já era faixa-preta! Tive foi essa oportunidade e honra de treinar mais uma vez com o ministro Luiz Fux, em janeiro deste ano. Conheço o Fux pessoalmente desde os tempos da academia do Osvaldo Alves, e pude treinar com ele e Osvaldo. Não é para puxar o saco, mas o conhecimento que ele tem, e o coração que ele tem nos treinos, você não imagina. E treina como uma pessoa simples, generoso que é. Foi uma honra recebê-lo para treinarmos.
INÍCIO NO JIU-JITSU
Quando comecei a competir, eu não sabia nada. Eu fazia umas loucuras, escapava do triângulo, passava a guarda e partia para o ezequiel, era só o que eu fazia. Na semana da minha primeira competição, treinei muito isso. Aí lutei com o Dino Castelo Branco, que era faixa-azul. Perdi, mas ele disse para o professor Orley Lobato que eu tinha muito futuro pela frente.
A LUTA COM DE LA RIVA NO MUNDIAL 2002
Foi uma boa luta, tenho muito respeito por ele. De La Riva foi uma das minhas inspirações, a guarda que ele criou era febre aqui em Manaus. Foi complicado entrar ali para lutar com ele, mas deu tudo certo, eu acabei campeão. Acho até que tive a chance de fazer mais, porém não fui com a intenção de humilhar. Fui para vencer. Na época, se eu pegasse as costas e as duas mãos estivessem na gola já era para qualquer um. Mas me senti muito honrado por ter lutado com ele.
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