O meio-pesado Felipe Pena, o Preguiça, foi o nome da faixa-marrom no último fim de semana, no Sul-Americano de Jiu-Jitsu, em Floripa. O mineiro da Gracie Barra venceu sua categoria e o absoluto, após fazer a final do aberto contra Alysson Rossei da Nova União.
Em entrevista exclusiva ao GRACIEMAG.com, Felipe comentou a final do absoluto, falou da trajetória na categoria, as lições para vencer uma luta e o que está preparando para a Copa Pódio, onde enfrenta Leandro Lo numa das superlutas.
GRACIEMAG: Como foi sua trajetória até o ouro absoluto no Sul-Americano?
FELIPE PREGUIÇA: O nível do campeonato estava alto, fiz quatro lutas duras para vencer o absoluto. Na final, lutei contra o Alysson, que é um atleta muito pesado. No início da luta consegui raspá-lo, e depois peguei as costas duas vezes. Quando eu estava nas costas, ele me deu uma chave de pé em um dos meus ganchos e machucou um pouco. Por isso não arrisquei muito depois disso, e venci por pontos.
Você venceu o meio-pesado após final contra o Bruno Ferreira, da equipe Brasa, como vemos no vídeo a seguir. Como foi a luta na sua visão?
Contra o Bruno, eu perdi a posição de costas duas vezes, mas na terceira vez não dei mole, aproveitei a oportunidade e encaixei o estrangulamento. No total, fiz sete lutas e consegui finalizar cinco – duas na categoria e três no absoluto.
E você venceu o peso e o absoluto pela segunda vez, certo? Mudou algo no seu jogo?
Isso. Fiquei feliz por repetir o feito de 2011, quando também fui campeão da categoria e do absoluto. Gostei da minha atuação. Consegui fazer um jogo que ainda não tinha feito em campeonatos, jogar por cima em quase todas as lutas, me senti muito bem. Foi um ótimo teste. Gostaria de agradecer aos meus professores Rominho Barral e Marcelo Uirapuru, meu preparador físico Bruno Formiga, minha família e meus patrocinadores Adidas, Choke Kimonos, Cesta Básica Bom Apetite e Clínica Health Extension.
Que lição você tirou desse torneio?
Procurei não errar e já começar pontuando, para sair na frente do adversário. Acho que essa é a tática para vencer no Jiu-Jitsu. Já perdi muita luta porque comecei atrás do placar, e depois ficou difícil de correr atrás…
No dia 13 de janeiro, você vai enfrentar Leandro Lo na luta especial da Copa Pódio. Na última vez, vocês duelaram no GP dos Médios e deu empate. O que você pretende mudar para vencer?
Admiro muito o Leandro Lo, desde a minha faixa-azul ou roxa eu já assistia ele lutar. Acho o jogo dele sinistro. Depois que o conheci pessoalmente fiquei mais fã ainda, ele é muito humilde. Tive um grande aprendizado quando lutei contra o Leandro na Copa Pódio, em 2012. Acho que a lição é que devemos acreditar em nosso jogo, em nós mesmos. Não importa o que os outros acham ou pensam, o mais importante é acreditar em você, fazer o jogo que você treinou e mandar ver.
O que você espera dessa segunda luta contra o Lo?
É uma honra lutar com ele novamente, vou com tudo para sair campeão. Estou com um bom ritmo de campeonato, estou totalmente preparado. E com muita vontade de ganhar.
Como você tem se preparado? Tem o Natal aí no meio…
Meus treinos serão feitos aqui no Brasil. Dessa vez, não vou poder treinar com o Rominho Barral na Califórnia, mas sempre converso sobre treinamento com ele e mesmo de longe ele me ajuda. Meu irmão, Augusto Tio Chico, e meu professor Marcelo Uirapuru, já estão cuidando dos meus treinos. Nós temos um ótimo time de competição aqui na academia, que vai me ajudar a chegar na ponta dos cascos, sem ligar para Natal e Ano Novo.
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