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Entrevista exclusiva: Raoni Barcelos agradece elogio de Minotauro e analisa luta no UFC Rio

Raoni aplica combinação que valeu a vitória e o bônus de luta da noite em sua estréia no UFC. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images

Com duas vitórias no UFC sem deixar na mãos dos jurados, Raoni Barcelos chega com status de promessa para uma nova era do MMA brasileiro no Ultimate. Apontado desde muito jovem como material de luxo para o quadro de pesos-penas do evento, Raoni, hoje com 30 anos, quer caminhar devagar e sempre ao topo da divisão, e terá pela frente um grande teste.

No dia 11 de maio, o brasileiro encara Said Numagomedov, com a responsabilidade de representar sua cidade natal no UFC Rio, na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca. Além disso, como disse Rodrigo Minotauro em entrevista recente à GRACIEMAG, Raoni está entre as maiores apostas da nova safra brasuca. Com pés no chão, Raoni agradeceu, mas sem perder a sobriedade.

“Fico muito feliz por ser apontado como destaque por uma lenda do esporte como o Minotauro, mas o mais importante é fazer por onde”, disse Raoni. “Já passaram outros nomes pelo UFC com esse status de promessa e acabaram não corresponderam muito. Quero fazer meu trabalho da melhor maneira possível, com a cabeça em chegar aos meus objetivos.”

Confira o papo com Raoni Barcelos a seguir, na nossa entrevista exclusiva desta quarta-feira!

GRACIEMAG: Rumo à sua terceira luta, já se sente veterano no UFC ou ainda bate aquele frio na barriga?
RAONI BARCELOS: Venho de duas vitórias consecutivas no UFC, uma por nocaute e uma por finalização. Não me sinto veterano não, pelo contrário. Estou começando agora, é uma escada que eu estou subindo, devagarzinho, rumando ao meu objetivo, aonde eu quero chegar. Com certeza dá um frio na barriga, é normal, ainda mais lutando em casa. Isso faz parte de todo atleta. Acho que quando ele perde essa adrenalina perdeu a graça. Sinto esse frio na barriga, mas é gostoso até.

Crê que seu jogo encaixa bem contra o do Nurmagomedov?
Ele tem um jogo bem completo também, tanto em pé quanto no wrestling. Chuta bastante, inclusive. Em cada um dos meus camps eu estudo bastante, trabalho em cima do jogo do oponente para anular o que ele faz. Vou impor o meu jogo forte, para nocautear ou finalizar, cercar ele em pé sem dar brechas pros seus golpes rodados.

Em que fundamento você se sente mais à vontade hoje?
Além da trocação afiada e do chão, procuro sentir a luta. Se tiver oportunidade de nocautear em pé é isso que eu vou buscar, se pintar uma brecha para finalizar no chão eu vou pra pegar. Você não pode errar na luta, qualquer erro é fatal, então a missão é jogar bem justo, sem errar. Lógico que o wrestling me dá uma base muito boa, para defender as tentativas de queda e derrubar durante as minhas transições. Depende muito de como a luta caminha.

Relembre uma das técnicas favoritas de Raoni, a seguir:

Como você encarou os elogios rasgados de Minotauro?
Fico muito feliz por ser apontado como destaque por uma lenda do esporte como o Minotauro. Ele falar e lembrar do meu nome me deixa muito contente, ser eleito como uma promessa do UFC. Mas o mais importante é fazer por onde, pois já passaram outros nomes pelo UFC com esse status de promessa e acabaram não corresponderam muito. Ser apontado desta forma é bom e ruim ao mesmo tempo. É bom pela exposição, o público cria uma expectativa nas suas lutas, e é ruim pois se você tropeçar e perder uma luta sequer já era, você deixa de ser promessa. Fico feliz sim por ser apontado, mas tento fazer meu trabalho da melhor maneira possível com a cabeça em chegar aos meus objetivos.

Você finalizou duas lutas em 13. Acha que criou poucas chances no solo?
Varia muito de uma luta para outra. Não tive muita oportunidade de usar o meu chão no RFA, por exemplo. Como eu falei antes, luta é luta. Cada adversário tem sua peculiaridade, mas pode ter certeza de que quando eu usar o meu Jiu-Jitsu vai ser com foco certo de pegar, ou ao menos ter o domínio por cima para nocautear.

A responsabilidade de lutar no Rio de Janeiro é grande?
É uma emoção muito grande poder lutar na minha cidade natal. Fiz três camps para tentar entrar no UFC em eventos anteriores no Rio, numa delas estava até com o contrato assinado mas não consegui lutar. Desta vez eu vou lutar, de fato, e estou realizado em poder representar minha equipe, minha família e as crianças do projeto social da Usina de Campeões. Tem muito tempo que eu não luto no Brasil, meus amigos estão se movimentando já para comprar o ingresso e me ver lá no dia 11 de maio. Fico muito feliz de representar o meu bairro, sou suburbano de Marechal Hermes com muito orgulho e levantar a bandeira de quem está comigo nesta luta. Estou muito feliz mesmo.

UFC 237
Jeunesse Arena, Rio de Janeiro
11 de maio de 2019

Rose Namajunas x Jessica Andrade
Anderson Silva x Jared Cannonier
José Aldo x Alexander Volkanovski
Rogerio Minotouro x Ryan Spann
Luana Carolina x Yana Wu
Bethe Correia x Irene Aldana
Thiago Pitbull x Laureano Staropoli
Talita Bernardo x Jessica-Rose Clark
Raoni Barcelos x Said Nurmagomedov
Thiago Moisés x Kurt Holobaugh
Warlley Alves x Serginho Moraes

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