Invicto no MMA com quatro lutas, Robert Drysdale quer manter seu cartel imaculado nesta sexta-feira, no Legacy FC 15, em Houston, Texas.
Até agora, o cara da capa da GRACIEMAG em novembro e campeão absoluto do ADCC 2007 finalizou todos os embates: foram um katagatame, duas chaves de braço e uma guilhotina.
Seu oponente no Legacy FC desta sexta-feira é Chris “O Tigre Celta” Reed, um meio-pesado americano ainda pouco badalado. Drysdale, um dos treinadores do time de Frank Mir no “TUF 8”, tem mais experiência. Mas o que ele espera desse teste?
O GRACIEMAG.com foi descobrir.
GRACIEMAG: Primeiro, o povo quer saber: como foi este treino de kimono e tudo com Vitor Belfort em Vegas?
ROBERT DRYSDALE: Foi muito bom, é sempre um prazer treinar com o Belfort. O Vitor gosta de treinar de kimono, e é um lutador de Jiu-Jitsu bem técnico. Ele estava morando em Las Vegas então estava fácil treinarmos. Mas esta semana ele se mudou para a Flórida e talvez fique difícil treinarmos juntos sempre. Considero o Vitor um grande amigo e parceiro.
Você luta em Houston na sexta-feira. Está pronto para tudo, o jogo em pé, as quedas?
Nunca estive tão confiante no meu jogo em pé. Treinei muito para essa luta, meu parceiros de treino são muito bons, estou com alguns dos melhores atletas do mundo do meu lado. A mão está afiada, podem acreditar. Estou disposto a trocar, se a luta for nessa direção. Hoje me sinto preparado para nocautear esse cara. Mas vamos ver, treino é treino. A gente só vê a verdade na luta. Mas a confiança é grande.
O que você treinou de diferente para esta sua quinta luta?
Normalmente eu fico desgastado com a preparação, eu sinto como se estivesse sofrendo de overtraining. Mas desta vez eu treinei bastante, um tempo legal, e tudo foi bem organizado. Eu me senti bem o tempo todo.
Com quem treinou nesse camp?
Treinei a parte em pé com James McSweeney, e wrestling com o treinador Rick Hernandez. A preparação física foi com Cory Goodwin.
É a luta principal da noite, certo? Muda algo para você?
Eu me sinto tranquilo, para mim não muda nada. Sou imune ao público, à luz, às câmeras. Estou lá porque eu gosto, porque quero me testar. Não interessa onde estou lutando, com quem ou quantas pessoas estão assistindo. Lutar no main event não muda nada, para mim é tudo a mesma coisa.
Você tem conseguido botar para baixo e finalizar rápido até agora. Obviamente, ele agora está esperando isso…
Mas estou preparado para qualquer coisa. Se ele quiser trocar em pé eu troco. O que eu não faço é perder a oportunidade, isso eu não costumo deixar passar. Se eu visualizo a queda, vou para a queda. Se eu vejo a brecha para a joelhada, um chute, eu mando também. Me sinto pronto para ganhar essa luta nos mais diversos aspectos. Mas estou pronto para aproveitar as chances que ele me der.
Sua transição para o MMA parece bastante gradual e segura. Como foi feita?
Venho trabalhando nisso faz tempo, e durante um tempo eu pensei em ser só treinador. Mas gosto mesmo é de lutar. Estou aprendendo bastante, é uma coisa lenta, mas hoje me sinto à vontade. Meu wrestling melhorou muito, já me sinto calmo em pé e até meu Jiu-Jitsu mudou bastante. Hoje me sinto um lutador completo, um lutador de MMA.
O MMA e o Jiu-Jitsu se completam? Estão crescendo juntos?
Ambos ainda têm como crescer bastante. Não vejo um acima do outro. Há espaço para os dois crescerem. Quando comecei a treinar, Jiu-Jitsu e vale-tudo eram a mesma coisa – não tinha diferença na preparação, a mídia especializada cobria os dois esportes. Hoje os dois esportes foram para direções diferentes, apesar do público em comum. Quem acompanha Jiu-Jitsu acompanha MMA, e vice-versa. Não todos os espectadores, mas muitos. Então acredito que os dois ainda estão na infância. E eu estou no lugar certo, na hora certa.
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