O Jiu-Jitsu de Charles “do Bronx” Oliveira, 25 anos, caiu no gosto do UFC. Menos de um mês após finalizar Nik Lentz na guilhotina, a organização divulgou um novo combate para o faixa-preta paulista. Desta vez, Charles encara Max Holloway na luta principal do UFC Fight Night 74, no Canadá, no dia 23 de agosto.
De acordo com a organização, quem vencer o combate pode ser o próximo desafiante ao título de José Aldo, atual rei dos penas.
Charles, que vive ótima fase no Ultimate com quatro vitórias seguidas, conversou com GRACIEMAG sobre a possível luta contra o perigoso Max Holloway, contou como pretende anular o jogo do rival, relembrou o duelo contra Leandro Lo e destrinchou os treinos de Jiu-Jitsu. Confira as lições deste paulista do Guarujá.
GRACIEMAG: Das suas 20 vitórias na carreira, 12 foram decididas por finalização. Como funciona seu treino de Jiu-Jitsu?
CHARLES OLIVEIRA: Não me considero o melhor lutador de Jiu-Jitsu do UFC, ainda acho que tem muito cara mais duro na parte de Jiu-Jitsu do que eu. Mas treino Jiu-Jitsu três vezes ao dia, treino direto de kimono e sem kimono também. O Jiu-Jitsu é o meu carro-chefe, gosto muito de treinar no chão.
Vai encarar mesmo o Max Holloway? Que perigos ele oferece numa luta de cinco rounds?
Todo mundo está falando dessa luta contra o Max Holloway, mas até o momento não assinei nada, não sei de nada. Se realmente casarem essa luta, ele é um cara duro, é o quinto colocado na categoria. Max merece todo o meu respeito. Vai ser uma grande luta, se realmente acontecer. São cinco rounds, nunca lutei cinco rounds. Vai ser uma boa oportunidade de enfrentar um cara duríssimo. Vou treinar dez vezes mais aquilo que treinei para poder lutar contra ele.
Max vem de seis vitórias seguidas e finalizou duas delas. O Jiu-Jitsu dele assusta?
Olha, não posso falar que assusta ou não assusta. Acho que a gente tem de se preocupar o tempo todo, ele é um cara duríssimo na parte em pé. Quando ele cai no chão, é um cara que trabalha bem o Jiu-Jitsu. Tenho de me preocupar em tudo aquilo que ele é bom. Max tem finalizações e alguns nocautes também. Vou treinar para poder anular o trabalho dele de chão e em pé. Vou treinar para que meu Jiu-Jitsu e minha trocação sobressaiam. Falta dois meses para essa luta, estou com o sentimento de felicidade por estar lutando mais uma vez, se realmente acontecer. Acabei de lutar, então, é só continuar a sequência de trabalho que a gente vem fazendo, para que tudo dê certo. Vou poder mostrar meu serviço, mostrar meu trabalho, e mostrar que cheguei para ficar no UFC e, se Deus me abençoar, vencer o Max e ficar próximo de disputar o título.
Você já fez uma luta com Leandro Lo, hoje craque consagrado no Jiu-Jitsu, ainda de faixa-marrom, em São Paulo. Como foi?
O Lo é um grande lutador e vem representando bem o Brasil. Eu lembro que quando lutei com o Lo, e perdi. Se não me engano, foi na final do absoluto num torneio em São Paulo, ainda na faixa-marrom. Faz um tempo isso já. Ele é um cara duro, trabalha bem o Jiu-Jitsu, merece meu respeito.
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