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As manhas e táticas de Felipe Preguiça no absoluto do Brasileiro de Jiu-Jitsu

Felipe Preguiça em duelo contra Lucas Lepri, na semifinal do absoluto do Brasileiro de Jiu-Jitsu. Foto: Marco Aurélio/ Arena Jiu-Jitsu

Felipe Preguiça em duelo contra Lucas Lepri, na semifinal do absoluto do Brasileiro de Jiu-Jitsu. Foto: Marco Aurélio/ Arena Jiu-Jitsu

Campeão meio-pesado e absoluto no último Brasileiro de Jiu-Jitsu, o faixa-preta Felipe “Preguiça” Pena (GB) é daqueles lutadores que tiram lições constantemente, não apenas após as derrotas.

O jovem lutador mineiro comentou as vitórias sobre Lucas Lepri e Renato Cardoso, analisou o Jiu-Jitsu de Xande Ribeiro, que ficou fora da final do aberto por conta de uma lesão na perna, e contou o que fez diferença na conquista do ouro duplo do torneio da CBJJ.

Aprenda um pouco com o melhor faixa-preta do Brasil, hoje.

GRACIEMAG: Como você analisa sua atuação no Brasileiro de Jiu-Jitsu, Felipe?

FELIPE PREGUIÇA: Acho que joguei muito mais por cima do que costumo fazer nos campeonatos. Devido à lesão muscular que tive durante o Pan da IBJJF, fui obrigado a treinar muito por cima. Isso no fim me ajudou muito e fui capaz de impor meu jogo por cima surpreendendo muita gente. Fiquei muito satisfeito com esse campeonato, mas cometi muitos erros e tenho de melhorar. Vou ajustar os erros nessas semanas para chegar melhor no Mundial, na Califórnia.

As guerras começaram no sábado, em Barueri. Como você fez para superar o Lucas Lepri, na semifinal do absoluto?

Foi meu momento mais complicado no torneio. O Lepri é muito bom e joga muito na defesa, não é de se abrir muito. Então tive de me abrir bastante para conseguir correr atrás do placar e impor meu jogo no final, para pegar as costas. Ele vencia por 2 a 0 (raspagem), quando abri meu jogo e consegui encaixar uma raspagem da omoplata – o Lucas começou a ficar em pé para não ceder os pontos, mas contra-ataquei dando um pulo nas costas dele e pondo os dois ganchos. O placar foi para 4 a 2, o que me garantiu a vitória.

A luta contra o Lepri lembrou um daqueles duelos que você fez com o Leandro Lo, não acha?

Lembrou sim. Mas acho que naquela clássica luta na Copa Pódio contra o Leandro Lo nós dois fomos para a guerra, foi uma luta movimentada os dez minutos. Tanto que quando acabou cada um caiu para um lado [risos]. Já com o Lepri, acho que foi uma luta um pouco mais estratégica. O Lucas é um cara muito experiente e técnico, ele joga muito no erro do adversário e não se expõe.

E você acabou não fazendo a final do absoluto, por obra da contusão do Xande. Ficou tentando imaginar como seria esse combate com o Xande?

É, infelizmente ele se machucou. Assisto ao Xande lutar desde que era faixa-branca e sempre admirei o seu Jiu-Jitsu. Não sei como seria, só sei que seria uma grande honra para mim lutar com o Xande, ainda mais numa final de absoluto do Brasileiro. Certamente seria um lutão.

E no domingo? Como você virou a luta com o Renato Cardoso, na final do meio-pesado?

Já lutamos, eu e Renato (Cardoso), várias vezes, estamos um pouco acostumados com o jogo um do outro. Sabia que ele ia querer me colocar na guarda 50/50, então fiquei atento aos botes dele e procurei ficar rapidamente na frente no placar. Venci a luta nas vantagens, ao atacar o braço dele. Foi assim. Acho que não teve segredo, entrei para lutar esse campeonato feliz, sem pressão e obrigação nenhuma e lutei muito bem assim.

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