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As lições do faixa-marrom campeão brasileiro absoluto de Jiu-Jitsu

Guilerme Augusto, fera da Alliance. Foto: Arquivo Pessoal

Guilerme Augusto, fera da Alliance. Foto: Arquivo Pessoal

Um dos destaques do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu de 2014, realizado pela CBJJ no último fim de semana em Barueri, foi um faixa-marrom da Alliance. Promessa da Cohab de Sampa, o jovem Guilherme Augusto, de 21 anos, faturou o absoluto da categoria. Guilherme ficou com o bronze no peso meio-pesado.

“Gui tem um biótipo muito difícil de encarar, pois é alto e dono de uma mobilidade muito boa. A principal característica dele é lutar para a frente sempre, e isso fez toda a diferença no absoluto do Brasileiro de Jiu-Jitsu”, analisou Fabio Gurgel, líder da Alliance, em papo com GRACIEMAG.

De fato, Guilherme Augusto precisou deixar tudo o que tinha na área de luta em Barueri, para vencer Patrick Gaudio (GFTeam) na final do aberto. Fomos bater um papo com o aluno do professor Dan, e colhemos algumas lições para você.

GRACIEMAG: O Brasileiro não começou como você esperava, com a derrota na semifinal do meio-pesado. Como foi?

GUILHERME AUGUSTO: Eu estava muito bem na categoria, mas acredito que meu adversário teve todos os méritos ao conseguir anular minhas posições fortes. No absoluto tentei apenas não errar, pois não tinha para onde correr, a chave estava duríssima [risos]! Qualquer vacilo poderia me tirar da disputa. Lutei o tempo todo para a frente e consegui em todas as lutas impor o meu ritmo.

Como foi a guerra contra o Patrick Gaudio na final do absoluto?

É a segunda vez que luto com o Patrick e graças a Deus alcancei mais uma vitória. É sempre complicado lutar com ele, é difícil encontrar falha no jogo que o Patrick faz. Começamos disputando a luta em pé, onde por duas vezes agarrei a perna dele e ganhei uma vantagem. No meio da luta, ele me chamou para a guarda e me complicou bastante ao laçar minha lapela e me travar. No fim da luta, me livrei da lapela e cheguei do lado fazendo mais uma vantagem. Fiz com que ele entrasse no meu jogo, e em nenhum momento deixei Patrick imprimir o ritmo.

Como você define seu estilo no Jiu-Jitsu?

Cara, não sei amarrar o jogo. O que tem feito a diferença para mim é lutar ofensivamente e estar sempre um passo à frente do meu oponente, sem errar. Graças aos treinos e à ajuda da galera da Cohab, do Fabio Gurgel e do Casquinha, estou melhorando meu estilo agressivo. Gosto também de usar bastante o estrangulamento ezequiel. Deu as costas, eu boto o ezequiel!

Qual foi a maior lição que você absorveu com a conquista do absoluto do Brasileiro?

A de acreditar no trabalho que vem sendo feito. A conquista veio para confirmar que tenho capacidade e posso chegar muito mais longe. Meu amigo Dimitrius Souza sempre me incentiva: “Teu Jiu-Jitsu é muito bom” [risos]. A meta agora é conquistar o Mundial em Long Beach. Vamos dobrar os treinos agora e usar essa energia positiva do título absoluto no Brasileiro para conquistar o Mundial da IBJJF.

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