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Aprenda com uma campeã brasileira e medalhista de ouro em Abu Dhabi

Fernanda Mazelli contra Erika Correia no Brasileiro 2012. Foto: Carlos Ozório/GRACIEMAG.com

Campeã brasileira de Jiu-Jitsu na categoria meio-pesado, vice no absoluto, Fernanda Mazelli (Striker) manteve um desempenho obtido mês passado no WPJJC, em Abu Dhabi.

“Eu já tinha feito uma grande campanha em Abu Dhabi e no Brasileiro repeti o desempenho. Ganhei a categoria e acabei fazendo três lutas no absoluto, perdendo a final por 7 a 2 para a Michelle Nicolini“, disse a capixaba, que assimilou uma boa lição na competição da CBJJ. “Aprendi que ninguém é invencivel, quando você está preparada e focada tudo pode acontecer, inclusive a vitória”.

Em conversa com o GRACIEMAG.com, Fernanda lembra sua caminhada desde a faixa-azul. (Abaixo, confira Fernanda Mazelli contra Talita Treta na Seletiva de Gramado, em março.)

 1. Ex-bailarina, nadadora e hoje campeã de Jiu-Jitsu. Como foi sua trajetória?

Sempre gostei de fazer esporte, comecei na natação, cheguei a competir em nível estadual, e fui tentar o balé, mas só por um dia! Acabei indo para o Jiu-Jitsu mesmo, porque minha irmã e minhas primas faziam. Não sabia o que era o Jiu-Jitsu mas fui mesmo assim, e fui gostando. Eu não levava a sério, até que comecei a competir. Aos poucos fui gostando e me dedicando. Minhas primas e irmã pararam e eu continuei. Comecei aos 11 anos, sou de Guarapari, Espírito Santo, e treino com o Thiago Oliveira desde o começo. A minha equipe é a Striker JJ, é uma equipe nova mas a gente é muito forte no nosso estado. Temos muitas filiais e competidores novos chegando. Fomos os únicos capixabas a representarem o nosso estado em Abu Dhabi, eu e Pedro Paulo Agrizzi, que sagrou-se campeão na roxa.

2. Quando os bons resultados começaram a surgir nos tatames?

Meus resultados começaram a aparecer desde a faixa-azul. Fui campeã brasileira e mundial. Hoje, tenho seis títulos brasileiros na categoria e três no absoluto, contando da faixa-azul até a preta. Eu nunca perdi uma luta na faixa-azul, ganhei tudo, mas o grande momento está sendo agora na faixa-preta, que é mesmo o ápice do Jiu-Jitsu. Estou treinando muito, de manhã, tarde e noite. Meu Jiu-Jitsu segue evoluindo, estou me dedicando mais, dá para ver pelos meus resultados. Estou ganhando das meninas de quem eu estava perdendo há um bom tempo, e agora estou dando a volta por cima.

3. Como você analisaria seu jogo?

A minha técnica favorita é fazer guarda, mas estou mudando meu jogo. Tenho treinado melhor por cima, mas mesmo assim adoro o triângulo, combina com o meu jogo porque tenho pernas grandes e isso facilita dar o golpe, além de dificultar a defesa da oponente.

4. Tem algum macete para o leitor ou leitora que deseja ficar bom no triângulo?

O macete é sempre treinar o feijão-com-arroz mesmo, as posições básicas do Jiu-Jitsu. Não veja como algo chato, faça muitas vezes por dia, repita bastante que vale a pena.

5. Qual a meta para o Mundial de Jiu-Jitsu 2012?

Vou com tudo. Agora é ajustar algumas posições que errei no Brasileiro, e tentar dar meu melhor na Califórnia.

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