Rhyllary tem nome Gracie, mas no triste episódio da escola em Suzano, SP, precisou foi lutar pela própria vida. E conseguiu, graças às técnicas e ao autocontrole adquirido na academia de Jiu-Jitsu.
A jovem de 15 anos explicou, em entrevista à TV Record, como o Jiu-Jitsu que ela pratica a ajudou a se defender do agressor, perto da porta de saída do colégio.
“Meu professor de Jiu-Jitsu (Angelo) sempre fala que, quando alguém tenta derrubar a gente, é preciso firmar o calcanhar no chão e manter o equilíbrio para não sermos derrubados”, disse, com impressionante firmeza, Rhyllary Barbosa. “Fiz o que aprendi e tratei de chacoalhar o agressor para tirá-lo do equilíbrio e impedi-lo de usar toda sua força. Fico feliz de ter sido eu, pois se fosse outra pessoa talvez não tivesse esse conhecimento, e o desfecho poderia ter sido outro: se fosse outra vítima e ele tivesse a derrubado e atacado mortalmente, os demais alunos em choque talvez não conseguissem chegar à porta e sair por ela correndo”.
Especialistas no tema radicados em Miami, os irmãos Valente opinaram sobre o ocorrido no colégio. “O problema hoje é que as escolas em todo mundo ensinam as crianças a simplesmente chamar o professor ou o inspetor quando há algo errado”, criticou Pedro Valente, “Isso é prejudicial às crianças, pois muitas vezes nem há tempo para isso. Elas precisam saber se defender, precisam aprender Jiu-Jitsu para reagir, para controlar uma situação – tanto em casos mais simples de bullying como em tragédias como essa. Os jovens devem saber se impor e se defender por eles mesmos”.
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