Bastou um suquinho de laranja para o atual campeão peso pesado do UFC baixar a guarda e rever toda a carreira no MMA, em papo descontraído e revelador com Michel Blanco, do Yahoo Brasil.
“Eu demorei a acreditar. Tanto que quando eu vi o Velasquez caindo, nem acreditei, pode reparar que demorei a ir para cima”, disse Junior dos Santos, que comentou outros momentos menos doces no UFC, como a estreia, onde estava mais nervoso, e a noite em que Cro Cop o acertou no saco e ele não conseguia nem abrir o olho.
Cigano lembrou como nasceu seu gesto característico de apontar para a lona. “Foi espontâneo, mas acabou sendo um sinal para chamar a responsabilidade”.
Para Cigano, lutador bom é o que sabe apanhar. “Eu tomo na cara e não me abalo, pois são anos de treinos de boxe. O bom lutador tem de saber apanhar, eu acho que no meu caso levar uma no rosto funciona para eu dar uma ligada”, diverte-se ele, que esclarece a importância da única derrota de sua carreira (veja no vídeo abaixo).
“Antes daquela luta eu era um, depois virei outro. Depois da minha derrota (para Joaquim Mamute), me tornei um lutador totalmente diferente”, admite. “Aquela finalização tirou o peso de eu ser invicto, e ali meu medo acabou. Eu não tinha mais medo dos próximos desafios”, concluiu.
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