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Ronda Rousey, Tyson, e por que o UFC jamais será o mesmo após o furacão louro do MMA

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O esporte conhecido hoje como Mixed Martial Arts jamais será o mesmo depois de Ronda Rousey.

O UFC já existia há 18 anos, o MMA feminino já era uma realidade, já tínhamos campeões soberanos em suas categorias, havia astros da luta badalados no cinema e na grande mídia. Mas nada que se comparasse ao que ocorreu após a chegada do furacão Ronda. A loura californiana chegou ao MMA como um verdadeiro fenômeno natural: súbita, arrasadora, irrefreável e singularmente bela.

Para os marmanjos acostumados com as carrancas intimidadoras dos Wanderlei Silvas e Chuck Liddells do MMA, ver Ronda em um octógono parece um oásis paradisíaco no meio do deserto. O rosto de traços imponentes, o grande sorriso, o corpo atlético. O símbolo dos anéis olímpicos nunca esteve tão bem colocado quanto na tatuagem de Ronda que aparece na revista “ESPN Body Issue”, lançada em 2012. Se você é um dos poucos que ainda não viu, clique aqui, e com certeza, vai concordar comigo. As pesagens que antecedem suas lutas são eventos disputadíssimos, abarrotados de gente suspirando ao vê-la subir na balança em trajes econômicos.

Mas o velho ditado popular não diz que “somente beleza não põe mesa”? Fosse Ronda apenas mais uma beldade esportiva, ela jamais teria alcançado os patamares de popularidade e credibilidade de que desfruta. Não se engane pelo estereótipo Barbie. A invicta Ronda Rousey é a verdadeira “Louraça Belzebu” sobre a qual cantava Fausto Fawcett nos anos 1980. Chegou ao MMA já credenciada por sua medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, a primeira do judô feminino dos Estados Unidos. Em sua estreia profissional, em 2011, derrotou a brasileira Edilene Gomes em apenas 25 segundos no evento King of The Cage, aplicando o que viria a se tornar seu golpe mais fatal: o armlock.

Para mim, aliás, a chave de braço de Ronda, resultante de sua movimentação técnica e fluida, é o golpe mais eficiente de todas as categorias do MMA, femininas ou masculinas. As oponentes sabem que ela vai aplicá-lo, treinam para defendê-lo, e ainda assim são finalizadas. Com esse armlock e um jogo em pé em notória evolução, Ronda espalhou uma trilha de destruição digna da “Noiva”, a mortal protagonista do filme “Kill Bill”, de Quentin Tarantino. São 11 vitórias, sendo sete em disputas de cinturão, com nove finalizações e dois nocautes. O tempo somado de suas 11 lutas totaliza ínfimos 25min02s, sendo que suas duas últimas adversárias foram derrotadas em menos de 20 segundos cada – a última vítima foi a então invicta Cat Zingano, no UFC 184, em 28 de fevereiro. Nem Mike Tyson era tão devastador em seu auge.

Falando em soberania das mulheres, preciso encerrar logo essa crônica pré-UFC 190, até para não enfurecer uma musa ainda mais bela e feroz do que a campeã peso-galo: minha mulher. O quê? Não, meu amor. Eu não estava falando nada sobre a Ronda. Estava só batendo um papo inocente com meus amigos leitores…

E para vocês, Ronda Rousey vence mais uma vez no UFC Rio, contra Bethe Correia?

UFC 190
Rio de Janeiro, RJ
1 de agosto de 2015

Ronda Rousey x Bethe Correia

Mauricio Shogun x Rogério Minotouro

Final do TUF Brasil 4 peso-leve: Fernando Açougueiro x Glaico França

Final do TUF Brasil 4 peso-galo: Dileno Lopes x Reginaldo Vieira

Stefan Struve x Rodrigo Minotauro

Antônio Pezão x Soa Palelei

Cláudia Gadelha x Jessica Aguilar
Demian Maia x Neil Magny
Rafael Feijão x Patrick Cummins
Warlley Alves x Nordine Taleb
Iuri Marajó x Leandro Issa
Vitor Miranda x Clint Hester
Hugo Wolverine x Guido Cannetti

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