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Professor analisa Leandro Lo x Gilbert Durinho e atuação de Miyao na Copa Pódio

Lo ao fundo e Gilbert "Durinho" Burns. Foto: Deive Couitnho/Copa Pódio de Jiu-Jitsu

Lo ao fundo e Gilbert “Durinho” Burns. Foto: Deive Couitnho/Copa Pódio de Jiu-Jitsu

Mais um capítulo da Copa Pódio de Jiu-Jitsu foi escrito no último sábado, 22 de novembro. No ginásio de General Severiano, sede do clube do Botafogo, Leandro Lo e Gilbert “Durinho” Burns foram dois convincentes protagonistas da superluta de kimono da noite.

O combate tinha uma premissa simples: não valiam pontos nem vantagens, e o tempo correria até um dos dois finalizar. Com uma torcida alucinante e eufórica, os astros Lo e Durinho deram uma aula de Jiu-Jitsu, com muita garra e técnica. Quase aos 20 minutos, Leandro conseguiu achar o ponto exato entre a lapela e o pescoço para finalizar o atleta do UFC num estrangulamento cruzado. Mas antes disso, o paulista resistiu a um leglock justíssimo aplicado pelo rival.

Em papo com GRACIEMAG direto de São Paulo, o professor Cícero Costha destrinchou, pelo telefone, o combate Lo x Durinho, contou como o aluno fez para finalizar, e falou do comentado empate entre seu aluno João Miyao contra Gianni Grippo sem kimono, que acabou interrompida após uma hora. Segundo os organizadores, os dois vão voltar a colidir numa próxima Copa Pódio. Confira o bate-papo:

GRACIEMAG: Como você viu o duelo entre Lo e Durinho, professor?

CÍCERO COSTHA: A luta foi bem boa. Eu até falei com os caras que treinam aqui com a gente que, como o Leandro estava muito bem preparado, que a luta não chegaria aos 20 minutos. Achei que sairia alguma finalização antes. Mas vimos que o Durinho estava treinado demais também, encaixou aquela leglock certinha, mas Lo conseguiu se superar. Escapou da finalização e imprimiu o ritmo dele e venceu. Se fosse um campeonato de dez minutos com as regras normais, creio que o Leandro iria para cima de um modo mais fulminante, iria acelerar mais. Mas como foi sem limite de tempo, ele pareceu dosar um pouco o gás para ir lutando.

Uma das características do Lo é a garra que ele tem para resistir aos golpes. Ele é assim desde sempre?

Desde a faixa-amarela, Leandro sempre foi malvado. Quando era jovem, tinha alguns campeonatos que ele saía com a boca sangrando, mas nós insistíamos para ele não ligar para aquilo, e nunca desistir. Jiu-Jitsu é isso, lutar e não baixar a cabeça. Lembro que várias vezes o Lo reclamava que estava machucado e que não ia treinar, pois no treino alguém tinha dado um tranco nele e estava cheio de dor. Eu incentivava, então, para que ele voltasse a treinar, e ele queria logo encarar seu carrasco, e conseguia vencer. O Lo se cobra muito, desde garoto quer sempre ser o melhor. Ele gosta de se superar. Na passagem dele por Nova York, por exemplo, ele viu que o Keenan Cornelius estava na categoria de cima, no NY BJJ Pro. Como ele havia perdido a luta no Mundial, quis a revanche e no fim se deu bem, venceu numa grande luta. O Lo adora desafios, a cobrança de vencer vem de dentro dele.

O Lo passou a guarda do Durinho, e ao voltar para a meia estrangulou. Como funciona esse estrangulamento de meia-guarda do Lo?

Quando acompanho o Lo nos campeonatos menores em São Paulo ou no interior do Brasil, eu sempre peço para ele jogar passando, para ele se aprimorar. Na medida do possível, nas primeiras lutas eu incentivo para que ele, depois de passar, deixe repor e faça o mesmo movimento de novo. Com isso, ele consegue enxergar a falha do oponente e o que funciona para ele. Isso fixa. No treino também fazemos isso. Se ele passou a guarda e estabilizou nos cem-quilos, volta para fazer tudo de novo. Aí repetimos a posição novamente e pegamos os detalhes. O treino é o lugar para você errar e aprender. Mas ali na Copa Pódio, como também não valia ponto, acho que o Lo deixou o Durinho repor a guarda para repetir a mesma posição e acertar a finalização. Só não era para ter deixado o Durinho subir com o estrangulamento encaixado, pois o cara ainda estava no gás e explosivo. O bom foi que o Lo acreditou na posição, não soltou e o Durinho bateu.

O que faltou para João Miyao vencer a luta com Gianni Grippo, em sua opinião?

O João é um cara que luta muito bem de kimono. Mas sem kimono ele já não treina tanto. A galera que treina com a gente não tira muito o kimono para treinar. Para a seletiva do ADCC 2013, por exemplo, João treinou duas semanas. Mas tem caras que treinam quase um ano inteiro para lutar essa seletiva. Contra Gianni Grippo na Copa Pódio, João treinou quatro vezes sem kimono com o irmão (Paulo) e não treinou mais. E para finalizar sem kimono tem de treinar muito, pois não tem como fazer uma pegada fixa, escorrega muito. O João poderia ter atacado mais as finalizações, mas ele esperou muito pelo Gianni, que é um cara com técnica e gás também. O adversário buscou a luta algumas vezes, mas ficou um tempo parado. Compreensível, porque para passar a guarda desse menino João… Já é muito difícil, e sem kimono é mais ainda. Ele ainda queria lutar mais uma hora, mas o evento não tinha tempo suficiente, pois ia prejudicar o cronograma.

E como está seu projeto aí em Ipiranga, em São Paulo?

Estou fazendo obras para aumentar o espaço e receber todo mundo. Acabei de comprar uma casa no bairro para a galera morar e coloquei uma academia na parte de cima. Estou trabalhando nisso para 2015. Tem uma galera boa lutando. Conquistei este ano alguns objetivos com a equipe, como o terceiro lugar geral no Brasileiro da CBJJ e o primeiro lugar no campeonato paulista, um dos mais disputados aqui. Em 2015, quero ficar entre os três melhores no Brasileiro e conquistar mais. Quem quiser treinar com a gente é só chegar.

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